Tracker quer roubar a cena entre os SUVs
Não é exagero em dizer que a Chevrolet Tracker deu passo à frente na disputada luta por espaço no segmento de SUVs. O modelo 2021 testado pelo Motor+ é o topo de linha (Premier) de um carro que evoluiu bastante e faz justiça aos R$ 118.000,00 (versão testada) cobradas por ele, O problema é que enfrenta concorrentes fortíssimos nessa faixa de preço e é por isso mesmo que a Chevrolet caprichou nas melhorias do seu modelo.
Durante o período de mais de uma semana em que testamos o Tracker, chamou a atenção o desempenho do motor turbo e o espaço interno. O carro está maior que a geração anterior. Ele tem agora o comprimento de 4,27; largura de 1,791; altura de 1,627; e distância entre-eixos de 2,57. Espaço interno a mais para pernas, ombro e cabeça para a turma de trás, com duas entradas USB.
Tecnologia - O MyLink 8” de série nova geração pode conectar 2 celulares via Bluetooth, conversar por mensagens e acessar suas playlists usando o comando de voz.
Por falar em espaço, o porta-malas ficou maior também, com 393 litros. (antes eram 306). O design é quase uma unanimidade, com suas linhas muito atraentes, modernas e sem dúvidas, bem bonitas.
A versão que testamos possui teto solar e o conforto interior é valorizado pelo espaço, e também por alguns ítens de conveniência, como por exemplo o carregador de telefone por indução (sem fio), internet a bordo. (aqui vale ressaltar que o wi-fi do carro é gratuito por três meses, após a retirada da concessionária. Depois só pagando. Vale a pena? Palnos variam de R$ 29,90 a R$ 84,90). O Chevrolet Tracker nessa versão topo de linha está equipado com o sistema OnStar. O Tracker Premier é equipado com sistema multimídia com tela de oito polegadas não tem navegação nativa. Fica ligeiramente direcionada ao motorista. Bem intuitiva.
O acesso ao veículo sem chave e partida por comando no painel. O carro traz ainda alerta de ponto cego e alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, que avisa do perigo e atua nos freios, se o motorista estiver desatento. São seis airbags, controles de tração e estabilidade, e assistente de partida em rampa. Em termos de segurança é muito bem equipado.
Consumo fica dentro do esperado
Nas nossas medições de consumo da Tracker os números foram satisfatórios. Chegamos a contar com 8 km-litro no etanol e 11 na gasolina, em uso urbano. Na estada bateu 10 com etanol e 13 na gasolina.
Faróis em LED do Tracker Premier iluminam muito bem nos fachos baixo e alto, dispensando os auxiliares.
Proteção por todos os lados
O Novo Chevrolet Tracker vem com 6 airbags de série (2 frontais, 2 laterais e 2 de cortina) para que todos a bordo explorem novos caminhos com muito mais segurança. Você também terá muito mais tranquilidade ao dirigir com o controle de limite de velocidade e o sensor crepuscular, que acende os faróis de forma automática ao identificar a diminuição da luminosidade externa e o desliga quando a luz externa volta a ser suficiente para dirigir o carro com segurança.
Tracker “emagreceu” e mudou motor
Ao dirigir a Tracker é muito agradável. O trabalho do motor 1.2 turbo, três cilindros (que substituiu o 1.4 de quatro cilindros) foi otimizado com a diminuição de peso do carro. Agora o uso de materiais mais leves e resistentes diminuíram 142 quilos na geração atual, que pesa 1.271 kg diante dos 1.413 kg da geração anterior.
O aumento na relação peso/potência de 9,2 kg/cv do 1.4 foi para 9,5 kg/cv do 1.2. Para deixa-lo mais leve a GM adotou rodas de 17 polegadas. Ponto ruim disso é que devido a calibragem elevada, os ocupantes do carro sentem um pouco as vibrações quando a Tracker enfrenta imperfeições no asfalto.
Lembrando que o modelo 2021 teve diminuição na altura em relação ao solo, passando de 16,2 centímetros para 15,7 cm. É a menor distância em relação solo entre os SUV’s compactos. Daí a confusão de alguns em qualificá-lo mais como crossover do que SUV. A direção elétrica traz muito conforto para quem dirige.
O conjunto mecânico é completado pelo câmbio automático de seis marchas. As trocas de marchas são feitas sem trancos, embora perceptíveis.
No câmbio da Tracker há opção do modo L para reduzir, com troca manual por comandos na alavanca, que não deve ser usado por muito tempo para evitar aquecimento. Mais indicado para uso em descidas, funcionando como um freio a motor. Em suma, o carro tem bom aproveitamento dinâmico. Acelera bem e faz ultrapassagens sem sustos. Lembrem-se. Não é um esportivo!
Ficha técnica Tracker 2021
Motor
Três cilindros em linha, 1.199 cm³, turbo, flex, de 133 cv (etanol) e 132 cv (gasolina)
Potências máximas -
5.500 rpm e torques máximos de 21,4 kgfm (e) e 19,4 kgfm (g) a 2.000 rpm
Transmissão
Tração dianteira e câmbio automático de seis marchas
Direção
Tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica; diâmetro de giro, 10,8 metros
Freios
Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Suspensão
Dianteira, independente, do tipo McPherson, com barra estabilizadora; traseira, eixo de torção; altura do solo, 15,7 centímetros
Rodas/pneus
7×17” de liga leve /215/55R17
Peso (kg) – 1.271
Carga útil (passageiros+ bagagem) – 410 quilos
Dimensões (metro) – comprimento, 4,27; largura, 1,791; altura, 1,627; distância entre-eixos, 2,57
Capacidades (litros)
Porta-malas, 393; tanque, 44
Desempenho
Velocidade máxima, 180 km/h (etanol/gasolina); aceleração até 100 km/h, 11 segundos (etanol)/ 11,1 s (gasolina)
Consumo (km/l)
Urbano, 7,7 (e) e 11,2 (g); estrada, 9,4 (e) e 13,5 (g)
Preço
R$ 112.000,00